UM PRELÚDIO À CRIAÇÃO DO MUSEU DE GEOCIÊNCIAS “ROSALIE BENCHIMOL”
Em
reunião mantida no Departamento de Geociências da Universidade Federal do
Amazonas, realizada no dia 7 de maio do corrente, como membro do Fórum de
Estudos Econômicos e Sociais para o Desenvolvimento Sustentável – FOCOS, tive o prazer de apresentar aos diversos
professores, técnicos e alunos presentes uma proposta de viabilização de
eventos culturais como sugestões a serem desenvolvidas por departamentos afins
desta honrosa e centenária instituição educacional, após as devidas consultas
protocolares de praxe e concordâncias da Pró-reitoria de Extensão - PROEXT e do próprio
Magnífico Reitor da UFAM.
Dentre
as propostas apresentadas, se inseriu uma pré-agenda de realização de um
Seminário ou Mesa Redonda para discussão, debates e encaminhamentos sobre três
importantes temas ligados às recentes pesquisas sobre os Geoglifos
encontrados na Amazônia pelo Geógrafo e Paleontólogo Dr. Alceu Ranzi,
notadamente entre os Estados do Acre, do Amazonas e de Rondônia. Outro tema
de igual valor cultural e econômico para o Desenvolvimento Regional, se referiu
aos recentes estudos relativos à Criação do Geoparque do Purussaurus da
Amazônia, de minha autoria, cuja agenda está sendo desenvolvida em diversas
instituições municipais, estaduais e federais ligadas ao assunto e que estão
contidos no livro, de igual nome, a ser lançado no início de outubro no Brasil.
O
terceiro tema por mim apresentado na referida reunião com o DEGEO da UFAM se
referiu ao anteprojeto de Criação do Museu de Geociências com a denominação
do nome de uma das mais importantes pesquisadoras desta instituição acadêmica,
a Arqueóloga e Professora Rosalie Benchimol, notadamente por seu grande
legado de estudos e pesquisas deixado no âmbito de achados geológicos e
paleontológicos na região, a exemplo de suas incursões de estudos no denominado
Sítio Cajueiro, onde posteriormente foram registrados os fósseis do famoso
“Purussaurus brasiliensis”, uma das mais expressivas referências para a
Paleontologia no Brasil.
Como pude
observar, e onde todos podemos comprovar, numa das salas de Estudos de
Paleontologia do atual Museu de Geociências, localizado no Campus da UFAM,
há um maravilhoso e valioso legado deixado pela professora Rosalie, bem como
inúmeras amostras de minerais que foram herdados da Escola de Mineração do
Amazonas. Tais amostras, de valiosa importância econômica e cultural, se
misturam nos corredores amontoados entre diversas salas de aula, numa
demonstração de que se precisa de fato dar a devida importância a este legado,
que foi produto de muitas incursões, lutas, pesquisas, investimentos de
recursos públicos e privados, e sobretudo de esforços pessoais de profissionais
dos diversos ramos das geociências.
Na
ocasião da reunião supramencionada, apresentei também uma indicação para que
sejam efetuadas agendas institucionais entre a Universidade Federal do
Amazonas, a Assembleia Legislativa do Estado e a própria Prefeitura Municipal
de Manaus, para unir esforços para a tomada de decisões no sentido de se
conceder o prédio do antigo Palácio Rio Branco para se estruturar um Museu de
Geociências, com a transferência do acervo que hoje está em local
inadequado.
Certamente será uma conquista generalizada para a instituição acadêmica da UFAM, para a ALEAM, para a PMM, para os professores, técnicos e alunos, além de toda a sociedade, que poderão dispor de um espaço adequado e de um local apropriado num contexto de referência turística do centro histórico da cidade de Manaus. Portanto, considero que a Universidade Federal do Amazonas, não poderia estar distante desse processo de conquista sociocultural.
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*Cristóvam Luiz é professor aposentado, escritor e microempresário do ramo de mineração.
Autor de
obras publicadas no Brasil e no exterior.

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